"Yoko Ono não separou os Beatles", diz Paul McCartney sobre fim da banda

29/10/2012 08:28

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Paul McCartney disse em entrevista a David Frost que Yoko Ono, mulher de John Lennon, não foi a responsável pelo fim dos Beatles. No programa de TV que será exibido em novembro, McCartney disse ainda que a banda fez um trabalho completo em seus dez anos de existência. "Ela não acabou com a banda, nós já estávamos nos separando", disse o baixista.

McCartney dispensa apresentações, mas Frost talvez nem todos conheçam. Ele é o jornalista que, nos anos 1970, colocou o presidente americano Richard Nixon na parede ao questioná-lo sobre as denúncias de espionagem na sede do Partido Democrata, no caso conhecido como Watergate. A série de entrevistas, que inspirou o filme "Frost/Nixon", entraram para a história do jornalismo. 

Na mesma entrevista, Paul também disse que se não fosse Ono, Lennon não teria escrito músicas como "Imagine". "Não acho que ele faria isso sem Yoko, então, não posso culpá-la por nada do que aconteceu. Quando ela apareceu, muito da atração que John sentiu se deu por seus dons artísticos e seu pensamento avant garde, sua visão de mundo. Ela mostrou para John outro jeito de ser, o que foi muito atraente para ele. Estava na hora de John sair da banda, ele sairia de um jeito ou de outro".

Mas Paul disse que não se sentia à vontade com a constante presença de Yoko  em gravações e ensaios dos Beatles e que se ressente de Allen Klein, o empresário que queria administrar a banda após a morte de Brian Epstein, em 1967. "Eu comecei a brigar com os três caras que eram meus amigos de alma por causa dele. Na verdade, eu queria brigar com Klein". 

Pensando no passado, ele diz que se sente feliz com o tempo de duração dos Beatles e com o trabalho da banda. "Deixamos um legado completo", disse.

FONTE: UOL MÚSICA (CLIQUE AQUI para redirecionar)