Coldplay cita Amy Wine house, Ben Jor, e conquista público do Rock in Rio com espetáculo visual

02/10/2011 08:51

 

Se, no início da carreira, a banda de Chris Martin andava na cola do Radiohead, o Coldplay de 2011 está na primeira fila das aulas do U2. Responsáveis por encerrar a penúltima noite do Rock In Rio 2011, neste sábado (1º), a banda trouxe seu reinado pop para a Cidade do Rock e testou frente a cerca de cem mil pessoas suas novas músicas, que estarão no álbum "Mylo Xyloto", previsto para sair no final deste mês. Em um espetáculo visual e ambicioso, a banda lembrou ainda de Amy Winehouse, com um trecho de "Rehab", e de Jorge Ben Jor com versos de "Mas Que Nada".

Confortável entre os maiores vendedores de discos do mundo, Chris Martin e banda encaixaram no show sete músicas do álbum ainda inédito, puxadas pela dobradinha "Mylo Xyloto" e "Hurts Like Heaven", que levaram o Coldplay ao palco após uma introdução de "De Volta para o Futuro". E, entre uma novidade e outra, disparou um arsenal de hits e canções melódicas: "Yellow", "Fix You", "Lost!" e "The Scientist", uma das composições mais brilhantes da banda.

Não faltam recursos para se prender a atenção: lasers e imagens aleatórias em telão, papéis picados e bolas coloridas jogados na plateia, fogos de artifícios e um Chris Martin sempre carismático. Tudo para emoldurar canções de tons épicos. Por isso o repertório oscila entre extremos, mas as músicas mais antigas, da época em que o Coldplay passeava sem pretensão pelos redutos underground, convivem em harmonia com as novas composições.

Do sucesso de seriado norte-americano "Violet Hill" a "Clocks" e "In My Place", todas se encaixam entre uma mudança e outra de sonoridade. Algumas delas precisam de uma mãozinha, como "God Put A Smile Upon Your Face" revestida em batidas eletrônicas. A épica "Viva La Vida" é a que melhor funciona ao vivo com seu "oooh oooh", repetido em exaustão pelos fãs. E a nova "Major Minus" traz uma clara influência das guitarras de The Edge e das melodias de Bono --talvez pela parceria de ambas bandas com o produtor Brian Eno.

Com tempo para tocar mais uma música, como disse Chris Martin no palco, o encerramento veio com a também nova "Every Teardrop Is A Waterfall", sob chuva de fogos de artifício e o cantor vestindo a camisa do movimento voluntário "Rio, eu amo, eu cuido" e uma bandeira do Brasil na cintura. Com uma grandiosa estrutura visual, o Coldplay faz um belo espetáculo, mas peca nos excessos e na tentativa de se reinventar, caindo na armadilha de soar sempre igual. As cores que a banda usa durante o espetáculo são intensas, mesmo que o Coldplay seja por vezes monocromático.

FONTE: UOL MÚSICA (CLIQUE AQUI para redirecionar e acessar mais informações)